Locar notebooks, desktops e servidores reduz o e-lixo ao prolongar a vida útil dos equipamentos, padronizar a manutenção e garantir logística reversa com descarte certificado. Em 2022, o mundo gerou 62 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos e apenas 22,3% teve coleta e reciclagem formais, com projeções de agravamento até 2030. A sustentabilidade em TI se torna concreta quando a empresa adota locação com atualização programada e destinação ambientalmente adequada, o que diminui a pegada de carbono ao evitar emissões incorporadas da fabricação, amplia a eficiência energética com equipamentos com selo ENERGY STAR e mantém a conformidade com o Decreto 10.240/2020 no Brasil.
Por que o problema é grande (e urgente)?
- Escala:
- O planeta gerou 62 Mt de e-lixo em 2022 e deve chegar a 82 Mt em 2030;
- A taxa formal de reciclagem deve cair para ~20% se nada mudar1;
- Legislação BR: O Decreto 10.240/2020 torna obrigatória a logística reversa para eletroeletrônicos de uso doméstico e seus componentes, com metas e responsabilidades para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Para empresas, isso impacta política interna de descarte, contratos e compliance ambiental2.
Em TI corporativa, prolongar o uso e garantir o fim de vida correto é onde está o impacto. Laptops têm grande parte das emissões no fabricar (as chamadas emissões “embutidas”), então evitar compras desnecessárias e reaproveitar é quase sempre mais verde do que “trocar por novo”3.
5 alavancas de sustentabilidade em Outsourcing de TI
- Vida útil estendida e menos e-lixo: A locação, combinada a um plano de atualização de 36 a 48 meses ajustado ao perfil de uso, mantém o parque saudável e permite realocar máquinas para tarefas menos críticas antes do fim do ciclo. O fornecedor recondiciona, revende com garantia quando apropriado ou faz a destinação correta por meio de entidades gestoras como Green Eletron e ABREE. O resultado é menos descarte e mais reuso ao longo de toda a jornada do equipamento4;
- Eficiência energética desde a origem: A cada ciclo de renovação, o parque migra para modelos com certificação ENERGY STAR, que consomem entre 25 e 65 por cento menos energia conforme a categoria e o tipo de uso. Isso reduz a conta de luz, diminui a carga térmica nos ambientes e corta emissões operacionais, sem sacrificar desempenho5;
- Emissões incorporadas que deixam de acontecer: A maior parte das emissões de um laptop ocorre na etapa de fabricação, muitas vezes entre 75 e 85 por cento do total do ciclo de vida. Quando a empresa reatribui e recondiciona equipamentos em vez de comprar novos sem real necessidade, evita essas emissões, reduz o consumo de água industrial e diminui a pressão por mineração de matérias-primas6;
- Descarte certificado e conformidade simplificada: O contrato de locação pode incluir logística reversa, higienização de dados conforme o padrão NIST 800-88, relatórios de massa e comprovantes de destinação ambientalmente adequada. Tudo alinhado ao Decreto 10.240 de 2020 e às exigências do SINIR. Na prática, o time de Facilities, Compras e Compliance trabalha com menos risco e com documentação pronta para auditorias7;
- Custos sob controle (TCO)
A locação substitui picos de investimento por um custo mensal estável, transfere os riscos de desgaste e obsolescência para o locador e padroniza níveis de serviço, estoque de contingência e peças. Além do ganho ambiental, a empresa sofre menos interrupções, reduz custos invisíveis de downtime e passa a ter um inventário claro de ativos e de consumo. As diretrizes da versão 9.0 do ENERGY STAR ajudam a definir uma especificação mínima consistente para o parque8.
Como implementar
Roteiro prático em 30-60 dias:
Semana 1-2: Diagnóstico e Metas
- Inventário de ativos e consumo (W/h, BTU/h de data room, perfis de uso);
- Definir política de refresh por persona (ex.: dev/analista 36m; escritório 48m);
- Meta de reuso interno (ex.: ≥25% das máquinas realocadas) e de reciclagem formal (≥95% do que sair do parque).
Semana 3-4: Contrato de locação “verde”, inclua cláusulas de:
- Certificação energética mínima (ENERGY STAR) por categoria;
- Data sanitization (NIST 800-88) + relatório;
- Logística reversa com comprovante (embasado no Decreto 10.240/2020);
- KPIs: uptime, MTTR, % reuso, % destinação adequada, kWh/usuário.
Semana 5-8: Migração e Governança
- Piloto por área;
- MDM/EDR padronizados;
- kit de onboarding sustentável;
- Dashboard mensal:
- kWh evitados, CO₂e evitado por não-compra, % reuso/reciclagem;
- Auditoria semestral com amostragem de notas de destinação/SINIR.
Benefícios
- Menos descarte: reuso + reciclagem formal reduzem e-lixo corporativo. Panorama global e taxa de coleta formal atual nos mostram a urgência;
- Parque eficiente: máquinas novas/otimizadas consomem menos energia e geram menos calor – bom para o bolso e para a meta de carbono;
- Descarte responsável: o fornecedor se responsabiliza por coleta, triagem e destino final dentro das normas – com lastro legal brasileiro.
FAQ
Ao estender a vida útil via reuso/recondicionamento e garantir logística reversa no fim de vida, evitando descarte irregular.
O Decreto 10.240/2020 obriga um sistema de logística reversa para eletroeletrônicos de uso doméstico, com metas e responsabilidades. Empresas devem exigir isso nos contratos e guardar comprovantes de destinação.
Sim. Computadores ENERGY STAR usam, em média, 25-65% menos energia dependendo do perfil/uso. Em escala, isso derruba OPEX e emissões.
Porque a maior parte das emissões de um laptop ocorre na fabricação; adiar a compra evita emissões “embutidas” e reduz pressão por extração de materiais.
No Brasil, Green Eletron e ABREE são entidades citadas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos para operacionalizar parte do sistema.
Conclusão
A locação de equipamentos de TI é um caminho direto para reduzir e-lixo e avançar na economia circular, porque prolonga a vida útil dos ativos, simplifica a renovação do parque e evita compras desnecessárias. Ao priorizar reuso, manutenção contínua e recolhimento no fim do contrato, sua empresa diminui impactos ambientais e mantém a operação sempre disponível, sem picos de investimento.
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